LUCIDEZ
No meu quarto escuro, desperto.
Acordado, com dor de cabeça
e vendas nos olhos,
me olho.
E o que vejo?
Uma vontade incomensurável de serCena do curta metragem Um médico rural de Koji Yamamura |
LUCIDEZ
No meu quarto escuro, desperto.
Acordado, com dor de cabeça
e vendas nos olhos,
me olho.
E o que vejo?
e o peso insustentável de existir.
Bela poesia. Eu me lembrei de "A insustentável leveza do ser" de Kundera e do filme "Lugares comuns" de Adolfo Aristarain, no qual escutamos a frase: "A lucidez é um dom e um castigo". De fato. Ela nos acorda e revela que existe uma dor - pesada, como a pedra de Sísifo - que vai seguir conosco. E os remédios são poucos. A arte, talvez seja um. Bjs
ResponderExcluirNão consigo parar de ler e nem de ouvir o seu "LUCIDEZ". Estou paralisada. Escrever sobre ele então... é uma ação que dependerá da maturação e saturação da leitura. Sem prazo de validade...rs. Beijo.
ResponderExcluirMe retorna de forma "matracada" o som desse escrito. Ele, diante dos que aqui em seu blog se apresentam, continua sendo poeticamente sonoro aos meus ouvidos...escrever sobre ele...continua dependendo da maturação e saturação da leitura, e advinhe?!...sem prazo de validade...rs. O que se escreve é sempre eterno. Nesse caso, a sensação que em mim desperta, começa a ser. Abraço Adriano!
ResponderExcluirObrigado pela poética que você insiste em perceber no meu escrito, Sandra. Um abraço.
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