quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012



       AGRIDOCE,

      as tuas palavras, sim, eu as li,
      Ornadas de poemas para Antonio, para pessoas...
      Palavras tuas também adornadas com lembranças infinitas.
      Teu opúsculo, eu o li e consumi,
      E me atravessa como o tempo e a brisa da manhã.
      Teus versos – belos e tristes e cheios de poesia –
      Abriram-me as comportas de um rio sem fim,
      E seguem leves e densos e transbordam sobre a minha existência.
      E tocam as lembranças embrulhadas num livreto
      Cobiçando eternidades de uma menina terna
      Que com tranças longas costura a memória
      Da vida vivida no curso do Rio dos Morcegos,
      Notando a serenidade de um pai já distante e eterno como o tempo.

            

8 comentários:

  1. "Sempre desprezei as coisas mornas, as coisas que não provocam ódio nem paixão, as coisas definidas como mais ou menos, um filme mais ou menos ,um livro mais ou menos.
    Tudo perda de tempo.
    Viver tem que ser perturbador, é preciso que nossos anjos e demônios sejam despertados, e com eles sua raiva, seu orgulho, seu asco, sua adoraçao ou seu desprezo.
    O que não faz você mover um músculo, o que não faz você estremecer, suar, desatinar, não merece fazer parte da sua biografia." (M. Medeiros)

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  2. Oi, Adriano, obrigada pelo belíssimo poema. Deixou-me comovida, e sem palavras. Abraços.

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  3. Eu que agradeço pelo seu livro, Ângela. Ele é lindo. Abraços.

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  4. Toda homenagem à Ângela é sempre bela, visto que a homenageada é um ser que abarca em si infinita beleza. M. Medeiros, concordo plenamente contigo. Já que estamos aqui, que intensos sejamos...rs.

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  5. Nos momentos mais intensos, seja de dor e/ou prazer, as letras tornam-se elementos de demonstração e proporcionam um mergulho intenso e fascinante que nem sentimos mais a necessidade de respirar, pois o ar, agora secundário, é ofuscado pelo desejo de se entregar.

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  6. Se não tenho gabarito para comentar algo tão belo expresso por um ser renomado, então agradeço pela oportunidade de perceber um caminho fantástico, até então renegado,que hoje se faz presente na minha jornada diária.

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  7. Juli, querida, muitíssimo obrigado pela visita, pelos comentários, pelo carinho, pelo apreço. Matemática, pude sentir sua sensibilidade pelas letras (risos).

    Grande abraço, amiga.

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